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Moda regenerativa: uma nova forma de pensar a sustentabilidade no mundo fashion

Moda regenerativa: uma nova forma de pensar a sustentabilidade no mundo fashion

Se a forma como nos vestimos diz muito sobre nós, qual a mensagem que estamos querendo deixar para o futuro do planeta? 


Cada peça de roupa conta uma história de produção e carrega em sua essência impactos ambientais, sociais e econômicos. Isso porque a moda possui um ciclo de valor que envolve design, extração de matéria-prima, preparação de fios e de tecidos, processos úmidos, produção de vestuário, transporte, retalho, uso do produto e fim do uso. 


E cada etapa desse processo cobra um preço altíssimo quando implementados no modelo fast fashion, para uma indústria altamente globalizada. Assim como mostra a pesquisa da McKinsey: em 2018 o setor têxtil foi responsável por cerca de 2,1 bilhões de toneladas métricas de emissões de gases de efeito estufa (GEE), cerca de 4% do total global.


Ou seja, se a indústria da moda continuar nesse ritmo, não haverá futuro. 


Portanto, para pensar a moda a partir da perspectiva sustentável é necessário olhar para toda cadeia de produção, em como ela impacta o meio ambiente e as formas de vida nele existentes. Para além de apenas cuidar, é preciso regenerar. 

O que é moda regenerativa?

Em seu conceito mais básico, listado no dicionário, o termo regenerar significa gerar ou produzir novamente, dar nova vida. Que associado à indústria têxtil, também funciona.


Moda regenerativa é sobre olhar para os impactos negativos ao longo de todos esses anos, mas também buscar iniciativas que geram impactos positivos daqui para frente, criar novas alternativas para recuperar os recursos naturais explorados pelas atividades humanas e reintegrar a produção com os ciclos da natureza.


Ou seja, é sobre reduzir prejuízos e melhorar a saúde do solo degradado para, assim, garantir a qualidade da água, vegetação e produtividade da terra. As marcas que colocam a moda regenerativa em sua cultura, respeitam não só o mundo em que vivemos, mas todos os seres que nele habitam.

Por que pensar na moda regenerativa é tão urgente?

A indústria da moda é a segunda mais poluente em escala mundial. Segundo as agências da ONU, ela é responsável por 2% a 8% das emissões globais de carbono. Esses números são resultados de uma cadeia de produção que corrobora para o aumento da geração de lixo, fecha os olhos para qualidade de vida de seus operários e explora o uso de matérias-primas tóxicas ao meio ambiente. 


A poluição começa desde a primeira fase do ciclo de valor, ou seja, desde a matéria-prima. O algodão, o poliéster e a viscose, que são as fibras mais utilizadas na confecção de peças, são os materiais com maior impacto ambiental. Entenda um pouco mais sobre eles:


  • Algodão: os impactos ambientais do algodão são resultados de todas suas fases de produção.Dentre eles, observamos o consumo excessivo de água, sendo necessário, em média, mais de 2 mil litros para produção de uma única peça de roupa. Além da fibra consumir 24% dos inseticidas e 11% dos pesticidas aplicados nesse setor, o que degrada o solo e os lençóis freáticos.

  • Poliéster: é a fibra sintética mais usada no mundo, feita a partir de combustíveis. Consome, em média, mais de 70 milhões de barris de petróleo por ano. Além de contribuir para o aumento das emissões de CO2 logo na fase da extração do petróleo, leva um longo período de tempo para se decompor e possui alto índice de contaminação por microplásticos, que polui todo um ecossistema. 

  • Viscose: Além do consumo excessivo de água e energia, a fibra contribui para o desmatamento, visto que é proveniente de árvores de florestas nativas e ameaçadas de extinção. A emissão de gases tóxicos como sulfeto de carbono e gás sulfídrico degradam o meio ambiente, e o contato com a soda cáustica e com o ácido sulfúrico podem gerar riscos à saúde dos produtores.

  • Esses fatores significam um prejuízo ambiental gigantesco para o nosso planeta e colocam na pauta de muitas empresas o debate sobre modelos de negócios mais sustentáveis e responsáveis. 


    Conheça alguns números importantes que demonstram a urgência por uma mudança nos processos de produção de fibras têxteis:


    • 2.720 L é o gasto médio de água para produzir uma camiseta, mesma quantidade que costumamos beber em 3 anos (Fashion Revolution);
    • 11MI T de tecidos e roupas são descartados só nos EUA todos os anos (Relatório Socioambiental - Insecta);
    • 45 T de resíduo têxtil são coletadas por dia na região do Brás (Relatório Socioambiental - Insecta);
    • Menos de 1% dos materiais das roupas coletadas para fim de ciclo são realmente reciclados  (Relatório Socioambiental - Insecta).

    São números assustadores. E, por vezes, parecem irreversíveis. Porém, há quem esteja olhando para o setor de forma a reinventá-lo. Ou melhor, o regenerando a partir de uma perspectiva ambiental, social e econômica. É diante desse cenário que a moda regenerativa ganha seu espaço.

    Como a moda contribui para a regeneração do planeta

    Quando as empresas de moda atribuem novos valores para suas peças de roupas – valores atrelados ao meio ambiente e à biodiversidade – elas contam uma nova história e deixam uma marca ainda mais forte na Terra. 


    Adotar a moda regenerativa como um pilar transformador é assumir um compromisso inadiável com o nosso planeta. Uma responsabilidade que envolve mudanças importantes em toda cadeia produtiva, principalmente no que diz respeito à produção de fibras têxteis. 


    Podemos dizer que um ciclo perfeito da moda regenerativa seria assim: escolha de matérias-primas que causem o menor impacto possível para o meio ambiente, que garantem qualidade e durabilidade para as peças produzidas, para que modelos circulares ou de reaproveitamento sejam cada vez mais comuns.


    Antes de conhecermos alguns modelos que contribuem para com a moda regenerativa, vamos entender um pouco mais sobre a diversidade de matéria-prima sustentável: 

    7 tipos de tecidos sustentáveis


  • Algodão orgânico: um dos tecidos mais utilizados no mundo, o algodão tem sua alternativa orgânica e certificada, proveniente de plantações que não recebem produtos químicos e que usam menos água e energia em seu manejo.

  • Cânhamo: cultivado perto de rios e produzido a partir da Cannabis sativa, é uma das fibras mais sustentáveis do mundo. Forte e durável, não precisa de produtos químicos como herbicidas e pesticidas para crescer.

  • Fibra de bananeira: ao invés de descartar a fibra do tronco da bananeira, a indústria de alimentos faz o repasse para que seja utilizada na produção de tecidos que conferem grande resistência. 

  • Fibra de laranja: produzida a partir da celulose extraída do bagaço da laranja usada em fábricas de suco do país, foi idealizada na Itália e possui um acabamento semelhante à seda. 

  • Linho: feito a partir das hastes da planta de linho com fibras naturais, é resistente e versátil. É cultivado sem nenhum agrotóxico e não há desperdício de material durante a confecção dos fios.

    • Modal: fibra fabricada a partir da casca da madeira de faia (beachwood), proveniente de floresta sustentável na Áustria e países vizinhos.

    • Qmilk:  fibra feita com substâncias 100% naturais e renováveis, é produzida da proteína do leite chamada caseína, que normalmente é descartada. Criado na Alemanha, o material é fabricado com baixo consumo de água, sem produtos químicos e pode ser compostado.

    Moda circular: regenerar do design ao consumidor final

    De acordo com dados da Prefeitura de São Paulo, mais de 170 mil toneladas de resíduos têxteis são produzidas anualmente no Brasil. Mas apenas 40% dessa parcela é descartada de maneira adequada, enquanto 60% dos tecidos são descartados em aterros sanitários. 


    Diante desses números alarmantes, as marcas – e alguns movimentos políticos – começam a repensar toda a cadeia de produção da indústria da moda, de forma a minimizar o impacto negativo gerado ao meio ambiente. 


    Afinal, como diz a velha expressão: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Que, inclusive, poderia ser usada para uma breve explicação sobre o que está intrínseco na moda circular: reduzir, reciclar, remanufaturar, reutilizar e reparar.


    Baseada nos princípios fundamentais da economia circular, andando na contramão da economia linear, o modelo repensa todas as etapas de produção, desde o design até o consumidor final, com objetivo de reduzir os impactos negativos causados pelo setor têxtil. 


    Os princípios que norteiam essa ideia são: 

  • Preservar e aumentar o capital: aumentar o capital natural sem interferir no equilíbrio dos ecossistemas;
  • Otimizar a produção de recursos: fazer circular produtos e recursos de forma que continuem sendo utilizados e contribuindo para a economia;
  • Fomentar a eficácia dos processos: reduzir os danos a produtos e serviços que os seres humanos precisam, bem como o solo, ar e água.

  • A moda circular transforma a nossa relação com a natureza, nos leva de volta ao coração do que chamamos de lar. Quando repensamos o ciclo de vida de uma roupa, repensamos também o ciclo de vida do planeta.  A sustentabilidade é  uma preocupação latente das grandes empresas, mas também está na pauta de quem busca preservar o meio ambiente por meio de um lifestyle mais consciente. 


    Na prática, fazemos isso por meio de modelos de negócios e hábitos de consumo que optam por reutilizar a matéria-prima para minimizar a geração de resíduos e, ainda, garantimos a longevidade de nossas roupas, reduzindo o consumo descontrolado.


    Confira 5 dicas para colocar a moda circular em prática:


    • Reflita sobre seus hábitos de consumo;
    • Busque entender mais sobre os impactos das roupas no meio ambiente
    • Escolha marcas que trabalham com matérias-primas sustentáveis;
    • Prefira roupas usadas, adquira-as em brechós;
    • Conheça as melhores formas de descarte para roupas em desuso;

    Desde sempre a moda tem o seu poder transformador. Dentro e fora dos guarda-roupas, mundo afora. E se realmente somos o que vestimos, com certeza queremos vestir um amanhã melhor.